segunda-feira, 14 de novembro de 2011

                                    Nome do Grupo Hiroshima e Nagasaqui




Alunas: Fernanda de Souza
Fabiana Dantas
Rayane Alves Ferreira
Rafaela de Luna

 Turma: DQ2C
A energia Nuclear e a sua possibilidade de utilização, que possuí elevados riscos, mas em contrapartida também possuí benefícios, faz com que esta esteja a gerar variadas discussões a níveis internos e externos do país.
A Energia Nuclear é vista como uma possível fuga ao alto consumo, e dependência externa do petróleo, mas como todas as outras energias teremos de fazer um balanço das suas vantagens e desvantagens.

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O que é a Energia Nuclear

A energia nuclear está no núcleo dos átomos, nas forças que mantém unidos os seus componentes – as partículas subatómicas. Esta é libertada sob a forma de calor e energia electromagnética pelas reacções nucleares.
Esta energia provém do urânio, principalmente, mas também pode ser do tório e do plutónio, se bem que nos principais casos e do urânio.
Existem dois tipos de recursos energéticos utilizados para produzir energia nuclear, o urânio e o Tório, dois minérios radioactivos, embora seja o urânio o mais utilizado e conhecido, devido as reservas de urânio serem abundantes, o que não se põe em causa o seu esgotamento a curto – médio prazo.
O urânio é utilizado como combustível nos reactores nucleares, sob a forma de óxido, de liga metálica, ou ainda, de carboneto.
Certos reactores utilizam o urânio natural, mas a grande maioria, como o caso dos reactores moderados e arrefecidos com água normal, que equipam mais de dois terços das centrais nucleares usam como combustível, o urânio enriquecido.
O urânio é um elemento químico de símbolo U e de massa igual a 238 (92 protões e 146 neutrões). O urânio quando se encontra á temperatura ambiente encontra-se no estado sólido, este foi o primeiro elemento onde se descobriu a propriedade da radioactividade, foi descoberto em 1978.
A mais importante aplicação do urânio é a energética.
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Localização das Centrais Nucleares na Europa

localizacao centrais nucleares europa Vantagens e Desvantagens da Utilização da Energia Nuclear
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Vantagens da Energia Nuclear

A energia nuclear é uma energia não renovável, que como todas as outras tem as suas vantagens e desvantagens.
Principais vantagens da energia nuclear
    • É um combustível mais barato que muitos outros como por exemplo o petróleo, o consumo e a procura ao petróleo fez com que o seu preço disparasse, fazendo assim, com que o urânio se tornasse um recurso, comparativamente com o petróleo, um recurso de baixo custo.
    • É uma fonte mais concentrada na geração de energia, uma pequeno pedaço de urânio pode abastecer um cidade inteira, fazendo assim com que não sejam necessários grandes investimentos no recurso.
    • Não causa nenhum efeito de estufa ou chuvas ácidas;
    • É fácil de transportar como novo combustível;
    • Tem uma base científica extensiva para todo o ciclo.
    • É uma fonte de energia segura, visto que até a data só existiram dois acidentes mortais.
    • Permite reduzir o défice comercial.
    • Permite aumentar a competitividade.
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Desvantagens da Energia Nuclear

Apesar das suas vantagens esta energia também tem as suas desvantagens
    • Ser uma energia não renovável, como referido anteriormente, torna-se uma das desvantagens, visto que o recurso utilizado para produzir este tipo de energia se esgotará futuramente.
    • As elevadas temperaturas da água utilizada no aquecimento causa a poluição térmica pois esta é lançada nos rios e nas ribeiras, destruindo assim ecossistemas e interferindo com o equilíbrio destas mesmas.
    • O risco de acidente, visto que qualquer falha humana, ou técnica poderá causar uma catástrofe sem retorno, mas actualmente já existem sistemas de segurança bastante elevados, de modo a tentar minimizar e evitar que estas falhas existam, quer por parte humana, quer por parte técnica.
    • A formação de resíduos nucleares perigosos e a emissão causal de radiações causam a poluição radioactiva, os resíduos são um dos principais inconvenientes desta energia, visto que actualmente não existem planos para estes resíduos, quer de baixo ou alto nível de radioactividade, estes podem ter uma vida até 300 anos após serem produzidos podendo assim prejudicar as gerações vindouras.
    • Pode ser utilizada para fins bélicos, para a construção de armas nucleares, está foi uma das primeiras utilizações da energia nuclear, os fins bélicos são a grande preocupação nível mundial, porque projectos nucleares como o do Irão, que ameaçam a estabilidade económica e social.
    • Ser uma energia cara, visto que tanto o investimento inicial, como posteriormente a manutenção das energias nucleares são de elevados custos, até mesmo o recurso minério, visto que existem países que não o possuem, ou não em grande abundância, tendo assim, que comprar a países externos.
    • O plutónio 239 leva 24.000 anos para ter sua radioactividade reduzida à metade, e cerca de 50.000 anos para tornar-se inócuo.
    • Os seus efeitos, visto que na existência de um acidentes, as consequências deste iram fazer-se sentir durante vários anos, visto que a radioactividade continuará a ser libertada durante vários anos.
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sábado, 12 de novembro de 2011

Acidente radiológico de Goiania

    Acidente radiológico de Goiânia

O acidente radiológico de Goiânia, amplamente conhecido como acidente com o Césio-137, foi um grave episódio de contaminação por radioatividade ocorrido no Brasil. A contaminação teve início em 13 de setembro de 1987, quando um aparelho utilizado em radioterapias das instalações de um hospital abandonado foi encontrado, na zona central de Goiânia, no estado de Goiás. Foi classificado como nível 5 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares.
O instrumento, irresponsavelmente deixado no hospital, foi encontrado por catadores de um ferro velho do local, que entenderam tratar-se de
sucata. Foi desmontado e repassado para terceiros, gerando um rastro de contaminação, o qual afetou seriamente a saúde de centenas de pessoas. O acidente com Césio-137 foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares.

A natureza da fonte contaminadora

A contaminação em Goiânia originou-se de uma cápsula que continha cloreto de césio - um sal obtido do radioisótopo 137 do elemento químico césio. A cápsula radioativa era parte de um equipamento radioterapêutico, e, dentro deste, encontrava-se revestida por uma caixa protetora de aço e chumbo. Essa caixa de proteção continha também uma janela feita de irídio, que permitia a passagem da radiação para o exterior.
A caixa contendo a cápsula radioativa estava, por sua vez, contida num contentor giratório que dispunha de um
colimador. Este servia para direcionar o feixe radioativo, bem como para controlar a sua intensidade.
Não se pôde conhecer ao certo o número de série da fonte radioativa, mas pensa-se que a mesma tenha sido produzida por volta de 1970, pelo
Laboratório Nacional de Oak Ridge, nos Estados Unidos da América. O material radioativo contido na cápsula totalizava 0,093 kg e a sua radioatividade era, à época do acidente, de 50,9 Terabecquerels (TBq) ou 1375 Ci.
O equipamento radioterápico em questão era do modelo Cesapam F-3000. Foi projetado, nos anos 1950, pela empresa italiana Barazetti e Cia., e comercializado pela empresa italiana Generay SpA.
O objeto onde contia a capsula de césio foi recolhida pelos militares do exército, e encontra-se exposto como um troféu no interior da Escola de Instrução Especializada, no Rio de Janeiro, capital. É um modo de agradecimento aos que participaram da limpeza da área contaminada.

Eventos



Centro de Cultura e Convenções, erguido sobre as ruínas do Instituto Goiano de Radioterapia



Área que abrigava o ferro-velho da Rua 26-A

A origem do acidente

O Instituto Goiano de Radioterapia (IGR) era um instituto privado, localizado na Avenida Paranaíba, no Centro de Goiânia. O equipamento que gerou a contaminação na cidade entrou em funcionamento em 1971, tendo sido desativado em 1985, quando o IGR deixou de operar no endereço mencionado. Com a mudança de localização, o equipamento de teleterapia foi abandonado no interior das antigas instalações. A maior parte das edificações pertencentes à clínica foi demolida, mas algumas salas - inclusive aquela em que se localizava o aparelho - foram mantidas em ruínas. Houve onze mortes e 600 pessoas foram contaminadas, mas muitos alegam ser impossível medir em números o tamanho de uma catástrofe nuclear.

O desmonte do equipamento radiológico

Foi no ferro-velho de Devair que a cápsula de césio foi aberta para o reaproveitamento do chumbo. O dono do ferro-velho expôs ao ambiente 19,26 g de cloreto de césio-137 (CsCl), um sal muito parecido com o sal de cozinha (NaCl), mas que emite um brilho azulado quando em local desprovido de luz. Devair ficou encantado com o pó que emitia um brilho azul no escuro. Ele mostrou a descoberta para a mulher Maria Gabriela, bem como o distribuiu para familiares e amigos. Pelo fato de esse sal ser higroscópico, ou seja, absorver a umidade do ar, ele facilmente adere à roupa, pele e utensílios, podendo contaminar os alimentos e o organismo internamente. Devair passou pelo tratamento de descontaminação no Hospital Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, e morreu sete anos depois.

A exposição à radiação

Tão logo expostas à presença do material radioativo, as pessoas em algumas horas começaram a desenvolver sintomas: náuseas, seguidas de tonturas, com vômitos e diarreias. Alarmados, os familiares dos contaminados foram inicialmente a drogarias procurar auxílio, alguns procuraram postos de saúde e foram encaminhados para hospitais.

A demora na detecção



O que restou do terreno na Rua 57, onde a cápsula de Césio 137 começou a ser desmontada

Os profissionais de saúde, vendo os sintomas, pensaram tratar-se de algum tipo de doença contagiosa desconhecida, medicando os doentes em conformidade com os sintomas descritos. Maria Gabriela, esposa do dono do ferro velho, desconfiou que aquele pó que emitia um brilho azul era o responsável pelos sintomas que ocorriam na sua família. Ela e um empregado do ferro-velho do marido levaram a cápsula de césio para a Vigilância Sanitária, que ainda permaneceu durante dois dias abandonada sobre uma cadeira. Durante a entrevista com médicos, a esposa do dono do ferro velho relatou para a junta médica que os vômitos e diarreia se iniciaram depois que seu marido desmontou aquele "aparelho estranho". Só então, no dia 29 de setembro de 1987, foi dado o alerta de contaminação por material radioativo de milhares de pessoas. Maria Gabriela foi um dos pacientes tratados no Hospital Marcílio Dias, no Rio de Janeiro. Foi a primeira vítima da contaminação, falecendo no dia 23 de outubro de 1987 de complicações relativas à contaminação com césio. Outra vítima, considerada o retrato da tragédia, Leide das Neves Ferreira, ingeriu involuntariamente pequenas quantidades de césio depois de brincar com o pó azul. A menina de seis anos foi a vítima com a maior dose de radiação do acidente. Não conseguiu sobreviver e morreu no dia 23 de outubro de 1987, duas horas depois da tia. Foi enterrada em um caixão blindado, erguido por um guindaste, por causa das altas taxas de radiação. O seu enterro virou uma disputa judicial, pois os coveiros e a população da época não aceitavam que ela fosse enterrada, mas sim cremada para que os seus restos mortais não contaminassem o solo do cemitério. Depois de dias de impasse, Leide foi enterrada em um caixão de chumbo lacrado para que a radiação fosse contida.
O governo da época tentou minimizar o acidente escondendo dados da população, que foi submetida a uma "seleção" no
Estádio Olímpico Pedro Ludovico; os governantes da época escondiam a tragédia da população, que aterrorizada procurava por auxílio, dizendo ser apenas um vazamento de gás. Outra razão é que Goiânia sediava, na época, o GP Internacional de Motovelocidade no Autódromo Internacional Ayrton Senna e o Governador do Estado Henrique Santillo não queria que o pânico fosse instalado nos estrangeiros.

A contaminação



Terreno onde estava edificado o Estádio Olímpico Pedro Ludovico

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) mandou examinar toda a população da região. No total 112.800 pessoas foram expostas aos efeitos do césio, muitas com contaminação corporal externa revertida a tempo. Destas, 129 pessoas apresentaram contaminação corporal interna e externa concreta, vindo a desenvolver sintomas e foram apenas medicadas. Porém, 49 foram internadas, sendo que 21 precisaram sofrer tratamento intensivo; destas, quatro não resistiram e acabaram morrendo.
Muitas casas foram esvaziadas, e limpadores a vácuo foram usados para remover a poeira antes das superfícies serem examinadas para detecção de radioatividade. Para uma melhor identificação, foi usada uma mistura de ácido e tintas azuis. Telhados foram limpos a vácuo, mas duas casas tiveram seus telhados removidos. Objetos como brinquedos, fotografias e utensílios domésticos foram considerados material de rejeito. O que foi recolhido com a limpeza foi transferido para o
Parque Estadual Telma Ortegal.
Até à atualidade, todos os contaminados ainda desenvolvem enfermidades relativas à contaminação radioativa, fato este muitas vezes não noticiado pela mídia brasileira.
Após vinte e três anos do desastre radioativo, as várias pessoas contaminadas pela radioatividade reclamam por não estarem recebendo os medicamentos, que, segundo leis instituídas, deveriam ser distribuídos pelo governo. E muitas pessoas contaminadas ainda vivem nas redondezas da região do acidente, entre as Ruas 57, Avenida Paranaíba, Rua 74, Rua 80, Rua 70 e Avenida Goiás; essas pessoas não oferecem, contudo, mais nenhum risco de contaminação à população.
Em uma casa, em que o césio foi distribuído, a residente, esposa do comerciante vizinho à Devair, jogou o elemento radioativo no vaso sanitário e, em seguida, deu descarga. O imóvel ficou conhecido como "casa da fossa". Entretanto, a SANEAGO alegou que a casa não possuía fossa, sendo construída com cisterna, para a população não pensar que a água da cidade estaria hipoteticamente contaminada.

Lixo atômico

A limpeza produziu 13.500 toneladas de lixo atômico, que necessitou ser acondicionado em 14 contêineres que foram totalmente lacrados. Dentro destes estão 1.200 caixas e 2.900 tambores, que permanecerão perigosos para o meio ambiente por 180 anos. Para armazenar esse lixo atômico e atendendo às recomendações do IBAMA, da CNEN e da CEMAm, o Parque Estadual Telma Ortegal foi criado em Goiânia, hoje pertencente ao município de Abadia de Goiás, onde se encontra uma "montanha" artificial onde foram enterrados em uma vala de aproximadamente 30 (trinta) metros de profundidade, revestida de uma parede de aproximadamente 1 (um) metro de espessura de concreto e chumbo.

Consequências

Após o acidente, os imóveis em volta do acidente radiológico tiveram os seus valores reduzidas a preços insignificantes, pois quem morava na região queria sair daquele lugar, mas o medo da população da existência de radiação no ar impedia a compra e construção de novas habitações. Além das desvalorizações dos imóveis, por muito tempo a população local passou por uma certa discriminação devido ao medo de passar a radiação para outras pessoas, dificultando o acesso aos serviços, educação e viagens. Muitas lojas e o comércio que existiam antes do acidente acabaram fechando ou mudando de endereço, sobrando alguns poucos comerciantes que ainda resistiam em continuar na região.

Revitalização da região



Mercado Popular da Rua 57 após a reforma.

Somente no final dos anos 90, a região começou a passar uma imagem menos "assustadora" para os novos inquilinos, através de ações do governo municipal e estadual para a revitalização da região, revalorizando as casas que estavam nas mediações do acidente.
Em questão de poucos anos, o valor das casas da região central já era entre duas a três vezes maior do que na época do acidente. No início de
2006, a prefeitura municipal de Goiânia resolveu revitalizar o antigo Mercado Popular, sendo reinaugurado em novembro de 2006 com a edição 2007 da Casa Cor Goiás, com a presença de autoridades municipais e estaduais. Em fevereiro de 2007, o Mercado Popular passou a ser um ponto turístico da cidade, por possuir uma feira gastronômica todas as sextas-feiras à noite, sempre acompanhada de música ao vivo.
Aos poucos, a região atingida pelo acidente vem sendo valorizada, aumentando o interesse de grandes empreiteiras construírem prédios de luxo, onde antes eram apenas casebres abandonados.

Repercussão do acidente

O acidente foi descrito em vários documentários internacionais, além de filmes, programas de televisão, canções e livros.

 Cinema

O acidente radioativo é mencionado no premiado curta-metragem Ilha das Flores, escrito e dirigido por Jorge Furtado.

Em 1990, Roberto Pires dirigiu o filme Césio 137 - O Pesadelo de Goiânia, que faz uma dramatização do acidente.

 Livros

O livro Blindfold Game de Dana Stabenow faz uma menção ao incidente.

O conto "Witch Baby" de Francesca Lia Block menciona o acidente; muitos dos personagens foram criados a partir de um artigo que a autora leu sobre o incidente.

O livro "Goiânia rua 57 o nuclear na terra do sol" de Fernando Gabeira faz uma analise do ocorrido.

O livro "A Menina que Comeu Césio", do jornalista Fernando Pinto, descreve os acontecimentos a partir de depoimentos e relatos colhidos in loco pelo autor.

 Música

Em 1988, o cantor e compositor italiano Angelo Branduardi lançou a canção "Miracolo a Goiania" no álbum Pane e Rose. Esta canção conta o diálogo que teria ocorrido entre as pessoas envolvidas no acidente.

Em 1992, o cantor e compositor panamense Rubén Blades lançou a canção "El Cilindro" no álbum Amor y Control. Esta canção conta uma história que teria ocorrido com um dos protagonistas do acidente.

 Televisão

O episódio "Thine Own Self" de Star Trek, que foi ao ar em 14 de fevereiro de 1994, apresenta algumas similaridades ao acidente.

O episódio do dia 9 de agosto de 2007 do programa Linha Direta da Rede Globo teve como tema o acidente, que completava vinte anos.

O episódio "Daddy's Boy" do seriado americano House, M.D. apresenta uma trama similar à do incidente.

Um episódio do desenho animado The New Adventures of Captain Planet foi escrito fazendo um paralelo com o incidente. Nele, um grupo de crianças encontram um fonte radioativa em um equipamento médico abandonado e, consequentemente, contaminam-se, embora os heróis intervenham antes que as mortes ocorram.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Reator Nuclear

Um reator nuclear (AO 1945: reactor nuclear) é uma câmara de resfriamento hermética, blindada contra a radiação, onde é controlada uma reação nuclear para a obtenção de energia, produção de materiais fissionáveis como o plutônio para armamentos nucleares, propulsão de submarinos e satélites artificiais ou para pesquisas.
Uma central nuclear pode conter vários reatores. Atualmente apenas os reatores nucleares de fissão são empregados para a produção de energia comercial, porém os reatores nucleares de fusão estão sendo empregados em fase experimental.
De uma forma simples, as primeiras versões de reator nuclear produzem calor dividindo átomos, diferentemente das estações de energia convencionais, que produzem calor queimando combustível. O calor produzido serve para ferver água, que irá fazer funcionar turbinas a vapor para gerar electricidade.
Um reator produz grandes quantidades de calor e intensas correntes de radiação neutrónica e gama. Ambas são mortais para todas as formas de vida mesmo em quantidades pequenas, causando doenças, leucemia e, por fim, a morte. O reactor deve estar rodeado de um espesso escudo de cimento e aço, para evitar fugas prejudiciais de radiação. As matérias radioactivas são manejadas por controle remoto e armazenadas em contentores de chumbo, um excelente escudo contra a radiação.
Hoje em dia é comum ouvir noticias sobre as fontes de energia do país ou como essas energias são produzidas. O fato é que muito se tem feito pelo desenvolvimento da produção de energia elétrica no mundo inteiro e este impacto reflete também aqui no Brasil.
Uma das fontes de energia oferecida pelo Brasil é a gerada através de Usinas Nucleares, da qual por ora, o nome nos vem à mente como algo que já ouvimos falar antes. De fato, tem se discutido muito sobre a utilização daEnergia Nuclear no país devido impactos futuros ou imediatos, que este tipo de geração de energia elétrica pode produzir. De um lado temos os ambientalistas que acreditam que o lixo radioativo e a radiação emitidas por essas usinas, provocam estragos avassaladores no meio ambiente, além de ser prejudicial a saúde humana, porém, a realidade da qual vivemos hoje não nos permite deixar de utilizar a energia nuclear, pois esta já ocupa um porção significativa no fornecimento de energia de muitos lugares.
A energia nuclear é gerada a partir da utilização do átomo de Urânio-235, e a mesma acontece dentro de um reator nuclear. Para que possamos realizar essa tal produção de energia, precisamos de uma quantidade suficiente de Urânio-235 que, através de um processo de reação, emitirá a energia da qual falamos.
O fato é que o Urânio é um elemento do qual podemos encontrar na natureza, porém, o isótopo do qual necessitamos para fazer a reação nuclear acontecer é encontrado em proporções muito pequenas ao de maior quantidade, o Urânio-238. Pra que possamos ter uma idéia desta proporção, apenas 0,7% são do tipo Urânio-235, enquanto 99,3% são do tipo Urânio-238. Existem também outros isótopos desse material, porém são desprezíveis devida a sua baixíssima existência entre os do tipo Urânio-235 e Urânio-238.
Com isso para que utilizemos uma maior quantidade do Urânio-235, do qual é responsável pela reação nuclear, precisamos aumentar a proporção dela ao seu isótopo. O método com o qual, conseguimos a proporção suficiente de Urânio-235 é chamado de Enriquecimento do Urânio, que consiste em retirar isótopos do tipo Urânio-238 a fim de que o Urânio-235 assuma uma maior proporção. A partir deste processo, teremos uma nova proporção de Urânio-235, que chega a uma margem de 3,2% (o suficiente para liberar a energia através da reação).
Com essa quantidade de Urânio-235 podemos produzir dentro dos reatores nucleares uma fissão nuclear capaz de produzir uma grande quantidade de energia radioativa. Esse processo de fissão nuclear é o que temos nas Usinas Nucleares em todo o mundo, existindo ainda um outro processo chamado de Fusão Nuclear.
A fissão nuclear é o processo pelo qual, é lançado um nêutron em direção ao átomo de Urânio e ao se chocar, divide o átomo em dois novos átomos liberando dois ou três neutros do núcleo. Porem este processo é muito perigoso, pois ao ocasionar este choque ocorre uma reação em cadeia, ou seja, os dois ou três nêutrons liberados do núcleo se chocam com outros átomos e dividem-no em dois, liberando mais dois ou três neutros de seu núcleo e este por sua vez repete o processo continuamente.

Figura 1. Exemplo de fissão nuclear com o átomo de Urânio-235.
Para se ter uma idéia do quanto este processo pode ser perigoso, se a quantidade de Urânio-235 for muito superior a 3,2% e a reação em cadeia não for controlada, podemos originar uma “bomba atômica”! Porem, para que possamos nos tranqüilizar, dois fatores são essenciais nas reações que encontramos nas Usinas Nucleares: A quantidade de Urânio-235 não ultrapassa os 3,2% permitidos e existe nos reatores um modelo de controle de reação, com o qual podemos parar a qualquer instante a reação nuclear ocorrida em seu interior.
Sabendo então como acontece a produção de energia dentro de um reator nuclear, nos resta saber como o mesmo funciona e quais são seus aspectos físicos. O reator nuclear é um compartimento onde ocorrem a reações nucleares por fissão ou fusão. No caso da reação nuclear pro fissão, o reator funciona como uma espécie de Central Térmica, pois é aquecido pela energia liberada pelo Urânio-235 e assim aquece a água no próximo estágio do Complexo Nuclear.

Figura 2. Modelo de Reator Nuclear num sistema de produção de energia elétrica de uma Usina Nuclear. Retirado do site: http://www.fem.unicamp.br/~em313/paginas/nuclear/nuclear.htm, em 31/10/07 as 11hs08min.
Um reator Nuclear é a primeira barreira que existe para que não sejam liberadas radiações para o ambiente, existindo ainda num Complexo de produção de energia Nuclear, mais dois compartimentos que também possuem esta característica. Além disso, o Reator Nuclear de Fissão possui uma espécie de “varetas”, que são as responsáveis por controlar a reação nuclear que ocorre no seu interior, sendo assim o perigo de que ocorra uma reação em cadeia, também é inexistente aqui, pois ela poderia ser facilmente controlada através desse compartimento.
Para que possamos utilizar este processo de controle da reação nuclear é necessário que os nêutrons liberados pelos átomos de Urânio-235, sejam retirados do sistema de forma a não se chocarem com outros átomos. Devemos então acoplar a estas varetas que se localizam na parte superior do Reator Nuclear de Fissão, um elemento capaz de retirar esses nêutrons a fim de paralisar o sistema. Em geral, os elementos que usamos para controlar as reações nucleares por fissão são o Boro ou Cádmio, que possuem a propriedade de receber nêutrons, pois os seus núcleos aceitam receber mais nêutrons em seu estado natural, resultando assim na formação de isótopos de Boro ou Cádmio.
Funciona da seguinte maneira: Se as varetas estiverem para fora do Reator, a Reação Nuclear está acontecendo no seu máximo, porém ao detectar uma grande produção de Energia, a varetas vão se locomovendo pra dentro para subtrair os nêutrons da reação, podendo parar a geração de energia se estiver totalmente dentro do reator.
Agora que já podemos controlar a reação ocorrida dentro do reator de fissão e já sabemos qual o material utilizado para liberar energia, o reator nuclear pode funcionar sem transpor perigo algum as pessoas ou ao meio ambiente, onde sua função principal é transformar a energia nuclear, ocorrida da reação por fissão dentro de si, em energia térmica, aquecendo a água que se encontra num outro compartimento nas Usinas Nucleares geradoras de eletricidade. Além de transformar a energia nuclear em térmica, o reator também se caracteriza por ser a primeira barreira a impedir a radiação de entrar no meio-ambiente, e possui um mecanismo que podem a qualquer momento, controlar uma possível reação em cadeia, tornando-o principal componente dentro de um Sistema Gerador de Energia Nuclear.